terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Are you Curly or straight?


Mulheres que nasceram com seus cabelinhos cacheados, num país onde o padrão de beleza imposto é ter cabelos lisos – vide escova progressiva – sabem o quanto sua infância foi sofrida (exageraada), dramalhões a parte, é fato que não foi uma missão fácil crescer e conviver, com nossas vastas e volumosas cabeleiras, ao lado de crianças e adolescentes.
Pois é, quase todas as mulheres com cabelos crespos, encaracolados sofreram um pouquinho pra doma - los, é muito raro aquelas que gostavam e assumiam seus cachos sem medo de ser feliz, a grande maioria fazia de tudo; relaxamento, escova, chapinha, foi então que mais ou menos no início do ano 2000 veio a escova progressiva, tomando conta da cabeça da mulherada, até mesmo cabeças naturalmente lisas, mas para as cacheadas isso foi uma verdadeira revolução em nossas vidinhas, e foi assim que, com mais uma ajudinha de um secador ou uma chapinha, viramos mulheres de cabelos arrumadinhos, lisos, sedosos e esvoaçantes. Sim, eu mencionei a ajuda do secador e ou chapinha, porque a progressiva foi sim algo maravilhoso, mas ela também não é milagrosa, e pra dar aquele efeito QUASE que natural, é necessário um toquezinho final com chapinhas, secadores e afins....e por conta deste detalhe, foi aí que viramos escravas com medo de água, e isso influencia nossas vidas de maneira intensa, pois todas as tarefas que vamos realizar, pensamos no nosso cabelo, em quantas vezes o lavaremos por semana, e depois secar e passar chapinha! Pois é, se vamos iniciar academia, já temos que pensar nesse detalhe, natação – nem pensar-. Se vamos pra praia no fim de semana e na segunda – feira de manhã temos uma reunião importante, hummmm (teremos que encaixar um tempinho entre a praia e a reunião pra fazer o cabelo).
Mas na verdade, eu acho que essa questão é muito mais profunda do que a escravidão, tem algo a ver com aceitação! Trata-se de atitude.
Eu confesso que há mais de 10 anos sou uma garota “progressivada”, “escovada” e “chapada”, essas de cabelos lisos, sedosos, brilhosos e arrumadinhos, porém, confesso também que há tempos essa escravidão vem me incomodando.
No segundo semestre do ano passado, fiquei quarenta dias em Nova York, foi lá que tive contato com tantas garotas de cabelos crespos, encaracolados e bem expressivos (como dizia uma amiga que estava comigo), que, aliás, passou a viagem inteira apontando as garotas de cabelos expressivos, e insistindo pra que eu assumisse os meus, dizendo o quanto ela achava bonito. - Vale lembrar que ela tem um cabelo bem lisinho.
Ocorre que fui me dando conta de que mundo a fora as mulheres se assumem muito mais. Sim, as pessoas não acham que ter cabelos crespos é como ter uma doença, as mulheres assumem sim seus cabelos volumosos e enrolados. Esporadicamente, quando tem algum evento, fazem uma escova, ficam uns três dias, mas logo os lavam e...liberdade again.
Essa viagem mexeu comigo de diversas maneiras, inclusive nessa questão, quando voltei ao Brasil trouxe comigo uma vontade imensa de assumir meus cabelos, claro que quando eu contei isso por aqui, ninguém me deu muita bola, e muitas pessoas torcem o nariz pra mim. Porém assumir meus cabelos, tecnicamente falando, não é algo tão simples, como faço procedimentos químicos há anos, tenho que esperar que o cabelo cresça pra que tenha cabelinhos virgens e enroladinhos, além de ter que esperar que eles fiquem num comprimento aceitável pra que ele possa ter peso e ficar bonito, ou seja, tenho uma missão árdua pela frente, porque esse processo de transição é puxado e sofrido! E eu não tenho garantia nenhuma que não desistirei no meio do caminho, a única coisa que tenho é uma desejo muito grande. Porque sei que isso envolve questões profundas de auto-estima e quebra de paradigmas.
Quando minha amiga diz que cabelos enrolados, volumosos e crespos são expressivos, ela tem toda razão, pois eles expressam de fato uma garota que tem atitude, que tem coragem, que se assume e se ama do jeitinho que é, e que acima de tudo tem muita personalidade.

Pois num mundo onde tudo é fabricado, processado, modificado, alterado, ser simplesmente natural é ser muito diferente!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Cerinha sensação!!


Outro dia meu marido indagou: Putz, você ta passando creme na cutícula????????
Tentei explicar para ele o propósito de tal feito!
Mas o que ocorre é que essa cerinha já virou sensação, né!...e não é que funciona mesmo!
Viciei.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Happy New Year!

Mais um ano que se inicia, e essa é sempre uma data que nos faz refletir!
Pois é, faz com nossas energias sejam renovados e nos enche de metas e expectativas. O que é algo muito positivo, pois sei lá...enche o mundo de boas intenções!
O Ano que passou só me trouxe alegria, eu só tenho a agradecer, agradeço até mesmo os meus dissabores, pois foram extremamente produtivos.
Esse ano eu amadureci, aprendi a administrar um lar, aprendi a vivenciar de fato, sem culpas, o que a vida me oferece de bom. Foi um ano de mudanças externas e internas, aprendi a viver longe de algumas pessoas e pertinho de outras! Foi o ano em que realizei um dos maiores sonhos da minha vida, o ano que ganhei um presente maravilhoso da vida, e sem dúvida nenhuma o ano que fez com que “curtir a vida”, seja o meu principal objetivo deste 2012!
2011 deixou marcas em mim, provocou profundas mudanças, portanto será lembrado pra sempre como um ano especial em minha vida, e promoveu esperança e expectativas positivas em mim..e é assim que inicio 2012, com energia renovada, com alegria e muita esperança.

Seja a mudança que você quer ver no mundo
Mahatma Gandhi

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A Garota de São Paulo

Li um texto do Marcelo Rubens Paiva, que achei muito interessante. Eu como Paulista da Gema, concordo/identifico-me integralmente.
Lá Vai:

A Garota de São Paulo.... será????
De Marcelo Rubens Paiva - O Estado de S.Paulo

"Existem mais de cem tons de cores. Mas prefere o preto. Cítricas? Só quando vai à praia. E costuma cobrir suas pernas esticadas, finas, com meias pretas.
Usa botas. Não existe mulher que se veste melhor do que as paulistas. E que saiba qual bota escolher e como andar sobre elas. Sabe o equilíbrio entre o moderno e o convencional. Senso estético apurado. Dona do seu próprio estilo.
A paulista não anda, caminha apressada. Vem e passa. Sem balanço. Sem mar para ir atrás. Moça do corpo pálido. Saturado pela pressa. Beleza que passa sozinha.
Não faz questão de chamar atenção. Nem tanta questão de ser gostosa, mas magra. Sempre de dieta. Sempre em guerra contra a balança.
Malha para se afunilar. Intensamente, pois sabe que a gastronomia da cidade é uma tentação. Massas, pizzas, doces, sorvetes, doces, nhá benta, tesão... Academia? Prefere pilates, que estica até o limite das juntas, quase rasga em duas. E corre, se quer emagrecer urgentemente.
Olhando o chão, pois já tomou muitos tombos por causa das calçadas irregulares da cidade, uma anarquia de desníveis, pedras, buracos, pisos sem um padrão seguro para o seu caminhar apressado de botas, meias e pernas finas. Rebolar? Fora de questão.
Olha para o chão e se lembra do que esqueceu, do quanto falta, do que faz falta, do que está errado. A garota de São Paulo é perfeccionista, gosta de estar ajustada, como as engrenagens de uma indústria. Quer a precisão da esteira de uma linha de montagem.
Passa e olha para o chão, pois pensa nas atividades, nos prazos atrasados, nos compromissos da semana, na agenda do mês.
A garota de São Paulo leva uma vida saudável. Procura comer verduras sem agrotóxico. Leite? Desnatado. Carne vermelha? Eventualmente. Carboidrato à noite? Nem pensar. O pão tem que ser integral. Linhaça e aveia no café da manhã? Obrigação. Café descafeinado. Chás. Queijos brancos, magros.
Nada industrializado, a não ser a caixa de Bis, que detona algumas vezes em certos períodos, que por vezes tem o intervalo longo, mas quando se torna um vício, chora, porque algo deu errado, desembrulha e engole cada Bis, como se nele a explicação das incoerências.
Recicla o lixo. Toma remédios para dormir. Toma excitantes para acordar. E aguentar a jornada.
Ela é ambiciosa, trabalha demais, em mais de um emprego, pensa em dez coisas ao mesmo tempo, procura conciliar a organização do lar com a de fora dele.
Ama e odeia o chefe. Ama e odeia o trabalho. Sabe que ele dá a independência para ser a moça que quiser, mas também tira o tempo de ser a moça que queria ser. Metade dela sofre o descarte para a outra parte florescer.
Adora elogios. Odeia galanteios. Adora presentes. Detesta insistentes. Quer ser cortejada. Jamais abusada. Sorri quando assopram um elogio. Fecha a cara quando ultrapassam o limite da sua intimidade. Preserva a privacidade.
Algumas querem ser chefe. Chefiar garotos de São Paulo. O que só dispara seu conflito maior, o de agregar. Terá que dar ordens, broncas, demitir, exigir, estipular metas, cobrar eficiência. E depois sozinha em casa chora no escuro ao som de Billie Holiday. Se sente pressionada, e ela não sabe por quê. A vida não faz sentido, e ela não sabe por quê.
Chora em comerciais da TV, cerimônias de casamento, em maternidades, quando visita as amigas, no farol, quando uma criança vende bala.
A garota de São Paulo dirige bem. O problema é que se maquia enquanto fala no celular e ultrapassa um busão articulado, aproveitando a brecha entre ele e uma betoneira lotada de concreto. E se esconde no anonimato do insulfilm, muda a música do MP3 e, dependendo dela, canta sozinha em voz alta, para não ouvir impropérios.
Faz tanta coisa ao mesmo tempo... Dirige bem, mas é dispersa. Pensa em vinte coisas em dez segundos. Nunca chega a uma conclusão.
Liga para a mãe semanalmente. Troca poucas palavras com o pai. Detesta a esposa do irmão. E ama as amigas. Com quem viaja para a praia, para não ficarem um segundo em silêncio. Se o tempo não dá chances, prefere uma tarde na piscina do condomínio com as amigas do que encarar o parque lotado.
Se irrita com homens que falam de dinheiro. Se irrita com homens que contam vantagens no trabalho. Se irrita com homens grudentos, esnobes, arrumadinhos, fúteis, incultos, mal-educados.
Gosta de homem interessante. É assim que ela seleciona: os interessantes e os não. O que é um homem interessante? Nem se gravar o papo de seis horas na piscina com as amigas consegue-se descobrir.
Tem que ser aquele que chega e não dá bola. Mas que a repara bem antes de ir embora. Que olha como se ela fosse a mais fosforescente das mulheres. E que desse um jeito a todo custo de trocar meia dúzia de palavras e, claro, criar laços e conexões.
Mas se nada der certo, garotos, não esquentem a cabeça. A mulher de São Paulo sabe seduzir. Sabe olhar e demonstrar. Sabe chamar atenção e indicar que você foi o escolhido. Sabe sorrir, ser paciente com a sua demora, ouvir atentamente os seus devaneios e engasgos. E, quando parece tudo estar perdido, sabe dizer a hora de ir embora, como e sugerir na casa de quem.
A garota de São Paulo não enrola. Quando não quer, deixa claro. Quando quer, faz de tudo para acontecer. E não tem o menor pudor de ir para a casa com você na primeira noite, preparar o café da manhã da primeira manhã, que logo, logo, ambos saberão se vai se repetir ou ser o único.
Pode deixar. Andando de volta para casa, com suas meias pretas e botas, olhando para o chão, ela pensará em você.
Tudo isso é uma generalização literária. Mas me dá licença, poeta, para uma licença poética, homenageando sem pedir licença a graça pragmática da mulher paulista."

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Indignação do Domingo:


Viro para o meu irmão que tem oito anos de idade e está deixando o cabelo loirinho ficar um pouco comprido, e digo: Pedro, você está parecendo o He-man!
E ele me responde: Quem??????
É acho que estou ficando velha, rsrsr

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Um Outono em NY


Dizem que o Outono é uma das melhores épocas para visitar Nova York, por diversas razões: temperaturas ainda suportáveis, “fall foliage” – folhagem caindo, Central park laranja..
Muitos são os motivos, mas os meus....não são exatamente estes, estarei em NY nesta época, porém, pra mim, tudo isso tem mais é gostinho de realização!
A realização de um sonho, poderia ser em qualque estação do ano, esta sensação de realização ainda estaria sendo a mesma...
Sensação de: Dreams come true!